terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O que eu sei do amor III


Eram tantos os motivos para deixar tudo como estava. Era um só motivo para colocar fim em tudo. Era necessário uma coragem descomunal para fazer o que quer que fosse. Abrir mão de princípios ou abrir mão dos sentimentos.

Músicas que falam de amor vez ou outra versam que o amor não tem força sozinho. Sozinho ele morre. Morre lentamente e de uma maneira muito sofrida.
 
O amor sozinho de inspiração transforma-se em ilusão. Sozinho ele transforma força e coragem em decepção. A decepção só deixa ao amor uma única solução: a morte.

É preciso coragem para admitir que a inspiração virou ilusão. É preciso muita força para admitir a decepção e então matar o amor.

A maior tortura é quando o matamos, pois nos custa aceitar. Procuramos, insistentemente, aquelas primeiras sensações.
Não se sabe se o sofrimento é a dor da morte ou da busca insistente em tentar encontrar, onde já não existe mais, inspiração e força.
O luto do amor 'morrido' não dura muito. Ele tem o poder de renascer quantas vezes forem preciso.    

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