quarta-feira, 1 de junho de 2011

Que zé você é?

Na segunda-feira fui a uma reunião na escolinha do Otávio. Depois de ver os trabalhos do meu pequeno e a progressão na alfabetização dele demos início a um bate papo, no qual os pais expunham comportamentos que desconheciam em seus filhos e que a partir de um certo momento eles começaram a se manifestar. Isto muito me aconteceu e ainda acontece, como a primeira vez que o Otávio disse ''cala a boca'' e as brincadeiras de lutas. Cala a boca não é uma expressão que fazemos uso e as brincadeiras de luta são proibidas aqui em casa, assim como os desenhos que as incentivam. Pois bem, o pai do melhor amigo do Otávio perguntou da seguinte forma: ''Eu gostaria de saber de onde vem um palavreado que o Matheus está usando ultimamente: Zé mané, zé roela...''


Eu fiquei vermelha e levantei a mão. ''Zé roela'' e ''zé mané'' são duas expressões que eu uso muito com o Otávio. Tem até uma máxima entre a gente: Tá, que zé vc é? Zé roela, zé mané ou zé pagué? e ele ri. Eu nunca escutei o Otávio repetindo isso, mas não é que ele repete? Na escola ele tem os mesmos hábitos que eu tenho e casa e o que não é problema para mim se tornou um problema para outros pais. O amiguinho chama qualquer um na rua de zé mané.

Outro dia recebi uma mensagem dizendo que crianças aprendem com aquilo que fazemos e logo em seguida um vídeo que dizia com imagens a mesma coisa. O que quero dizer é que ser mãe é uma responsabilidade enorme. Educação é uma necessidade maior ainda, para o pai do Matheus o meu zé corresponde a um enorme falta de educação, enquanto entre eu e meu filho não passa de brincadeira. Quando educamos nossos filhos devemos sempre levar em consideração a forma como ele será julgado lá fora e preparar ele para isso. O meu Otávio não chama qualquer um na rua de zé. O termo é empregado quando alguém faz alguma coisa que não deveria, no lugar de palavrões e xingamentos que muitos usam por ai. Vamos continuar com a nossa brincadeira, mas já o instruí de que é uma coisa nossa, e que ele não deve mais usá-la com seus amiguinhos.

Sei que se conselho fosse mesmo de valia a gente vendia, mas meu conselho como mãe e por experiência é que se você convive com criança, seja filho, neto ou sobrinho, reflita seus comportamentos perante ela. Eles aprendem sem que a gente perceba. Hábitos bons também são aprendidos ;-)

Veja o vídeo: