Querendo sentir um pouco de nostalgia mergulhei na internet
em busca de posts antigos que eu escrevi aqui no Fragmentos e no blog É praelas, na coluna Papo de Mulher, de uma amiga, que está desativado. Ela migrou para as redes sociais com
seus posts e eu (sempre) nadando contra a maré voltei pro blog.
Me perdi. Atestei mais uma vez o que eu já sabia. Inicie a
minha terapia com essa frase. “Me perdi”, eu disse quando a terapeuta me
perguntou o que me trazia ali. Me perdi e nem sei como começar a me achar.
Quer
dizer, saber eu sei, mas tá faltando coragem. O quê? Coragem? E a hastag do
Instagram VIVERÉPRAQUEMTEMCORAGEM. Já escrevi sobre coragem, insegurança,
sonho, planos, desafios e num instante me vi sem saber nada disso.
Relendo meus textos me vejo. Me quero de volta. Dizem por aí
que as vezes precisamos nos perder para poder nos encontrar. A verdade é que
talvez eu esteja querendo me tornar uma pessoa que eu não sou. Nunca fui e
nunca serei. Perguntar a mim mesma cadê a Rita que estava aqui é querer
cegar-se para o que está na fuça.
Saramago, eu ainda não sei porque insistimos na cegueira.
Saramago, eu ainda não sei porque insistimos na cegueira.
“Não posso te fazer feliz se eu não estiver feliz”! Esse era
um mantra que eu gostava muito e que tem todo o sentido, mas hoje eu não sei
porque insisto no erro. É burrice querer negá-lo.
Cadê a Rita que estava aqui? Ela tá ai, Rita. Qual é o
problema? É medo! Medo? Medo. O medo nunca te escondeu, ao contrário, ele te
desafia, lembra? É o medo que te dá coragem. Eu sei, mas me perdi. Para com
essa bobagem de que se perdeu. Se enxerga, se permite, seja você. Você não
percebe que você é que se escondeu de si mesma!