terça-feira, 1 de abril de 2014

Cadê a Rita que estava aqui?

Querendo sentir um pouco de nostalgia mergulhei na internet em busca de posts antigos que eu escrevi aqui no Fragmentos e no blog É praelas, na coluna Papo de Mulher, de uma amiga, que está desativado. Ela migrou para as redes sociais com seus posts e eu (sempre) nadando contra a maré voltei pro blog.

Me perdi. Atestei mais uma vez o que eu já sabia. Inicie a minha terapia com essa frase. “Me perdi”, eu disse quando a terapeuta me perguntou o que me trazia ali. Me perdi e nem sei como começar a me achar. 

Quer dizer, saber eu sei, mas tá faltando coragem. O quê? Coragem? E a hastag do Instagram VIVERÉPRAQUEMTEMCORAGEM. Já escrevi sobre coragem, insegurança, sonho, planos, desafios e num instante me vi sem saber nada disso.

Relendo meus textos me vejo. Me quero de volta. Dizem por aí que as vezes precisamos nos perder para poder nos encontrar. A verdade é que talvez eu esteja querendo me tornar uma pessoa que eu não sou. Nunca fui e nunca serei. Perguntar a mim mesma cadê a Rita que estava aqui é querer cegar-se para o que está na fuça.

Saramago, eu ainda não sei porque insistimos na cegueira.

“Não posso te fazer feliz se eu não estiver feliz”! Esse era um mantra que eu gostava muito e que tem todo o sentido, mas hoje eu não sei porque insisto no erro. É burrice querer negá-lo.


Cadê a Rita que estava aqui? Ela tá ai, Rita. Qual é o problema? É medo! Medo? Medo. O medo nunca te escondeu, ao contrário, ele te desafia, lembra? É o medo que te dá coragem. Eu sei, mas me perdi. Para com essa bobagem de que se perdeu. Se enxerga, se permite, seja você. Você não percebe que você é que se escondeu de si mesma!