quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Filhos são do mundo

Eu sei que é um blog e que se eu escrevo é porquê alguém me lê, mas ainda me surpreendo, de verdade.

Compartilhei a minha alegria e felicidade de ter tido a surpresa de ter o Alê, o portuga, aqui com a gente. Pois é, coisas tristes a gente não gosta muito de ficar falando, mas o maleta se foi, no dia 06 de setembro. Voltou sozinho, assim como veio, mas já com seis anos.

Quando chegou em Portugal e nos falamos no telefone ele me disse: "madrinha, chorastes mesmo quando disse que te amo", explicado que a ida dele teve a mesma intensidade que a chegada, porém com um sentimento diferente.

Fiquei me questionando a coragem da minha irmã em deixá-lo vir sozinho, pra outro país, pra ficar dois meses longe de casa. Entendi porém, que ela está certíssima. "Filho a gente cria pro mundo", que mãe nunca ouviu isso? A mais pura verdade, mas a gente insiste em querer que eles sejam nosso, assim criamos filhos que provavelmente não irão saber se virar no futuro.

O Alê é super autônomo, se vira, não passa aperto e o melhor, conhece a família brasileira. A Carol (minha irmã), está ou não certa?

Eu digo que crio meu filho pro mundo, que deixo ele se virar, ele faz muitas coisas sozinho, mas comigo por perto. Tenho pavor em pensar em me afastar dele por muito tempo, e o pai também. Ele tá com um "acantonamento" é assim que a tia Elaine chama, marcado para dormir duas noites fora, e o Fábio já começou, "você vai querer ir viajar sem o pai e a mãe?" Tá errado isso! Pura chantagem emocional.

Seguindo o exemplo da minha irmã (em saber se desprender e confiar), já bati o pé que ele vai, como a própria Elaine disse, não sabemos o dia de amanhã e por isso outras pessoas precisam conhecer nossos filhos e aprender a gostar deles. Isso foi tudo o que eu não fiz até agora, mas nunca é tarde para aprender e recomeçar, certo?

Um comentário:

O Produtor disse...

Lindo o texto..e é a mais pura verdade, nao sabemos o dia de amanha e temos que criá-los de uma maneira que se faltarmos eles saibam se virar. E também acho super importante ele ter, nem que sejam apenas 2 meses por ano, essa convivencia com a família dai.
E eu mando tranquila( eh claro que enquanto o aviao nao pousa eu nao fico descansada) porque sei que ai ele estará muito bem cuidado.
E o tempo passa tao rapido que quando damos conta ele já voltou. Os primeiros dias sao mais dificeis, mas depois passa rapido.
Adorei o blog!
Bjusssssssss