terça-feira, 9 de dezembro de 2008

E agora?

Passado tudo, estou perdida em meus sonhos. A faculdade acabou, as preocupações com o TCC não existem mais, o compromisso de ir para Limeira com hora marcada para sair de casa já não fazem mais parte de minhas preocupações. E agora? To curtindo o Otávio, fazendo coisas que há tempos estava afim, mas sem estar com a cabeça fresca.

TCC
O fantasma do TCC parou de assombrar no dia 26 de novembro. A apresentação foi bacana, complementou o trabalho que durante todo o semestre esteve sem orientação, posso dizer que a única orientação que tivemos foi uma semana antes da apresentação. O vídeo-reportagem atingiu nossos objetivos, que era o de contar histórias que acontecem na feira. Muitos questionamentos – lógico – por que não falaram sobre a tradição? Por que não mostraram isso? Ficaria melhor se tivessem feito aquilo... Aprendi nesse ultimo semestre de curso que para nós, jornalistas, nada nunca vai estar sempre 100% bom e ouvi também que eu costumo complicar demais as coisas por querer e achar que sempre dá pra melhorar. Mas como disse, atingimos nossos objetivos, o vídeo ficou exatamente do jeito que eu e os meninos idealizamos em nossas primeiras conversas na edição e conseguimos registrar as histórias de pessoas que ainda fazem a feira acontecer. Para nós ele teve lógica e sentido, assim como para a banca e isso é o que importa. A nota final foi 9,5. Perdemos 0,5 pontos no relatório técnico. O motivo? “Disse que me disse e não disse nada!”

CNH
Minha CNH chegou no dia 26. Eu tomei coragem em tirar a habilitação só porque queria muito ir para Limeira dirigindo. Irônico demais, dia 26 foi meu último dia de faculdade. Peguei o carro uma única vez, não consegui estacionar, desisti! Preciso provar para mim mesma que sou capaz.

Trabalho
Não trabalho mais em televisão, melhor dizendo não estou mais na TV em que trabalhava. Alívio. Gosto de televisão e gosto muito do que tentava fazer lá. Eu havia me dado o prazo de não mais trabalhar lá até dezembro deste ano e ele foi cumprido antes da data limite. Aprendi muito durante o tempo em que estive por lá, mas não aprendi nada ou quase nada sobre jornalismo. Na minha opinião um jornalista deve se permitir arriscar e experimentar para poder construir carreira e mais para frente transmitir ensinamentos... isso basta? Outro dia escutei que ‘em todo lugar as pessoas estão levando seu trabalho com a barriga’ não posso e não quero concordar com isso! Empresa de comunicação sem comunicação? Pra mim já chega! Eu quero é me encontrar!

Futuro
O que vou ser quando crescer? Jornalista. E aí? Não sei! Na primeira vez que soltei a frase “não sei do futuro, me perdi nos meus sonhos” uma pessoas que eu considero muito me olhou com pena. Isso me abalou na hora, mas depois nem liguei. Qual é problema de eu não ter tanta certeza se quero TV, rádio, jornal, ser dona de casa? Nos últimos quatro anos me dediquei a minha faculdade de jornalismo, isso não me bastava mas eu vivo com moderação e intensidade e foi o que eu fiz nesses quatro anos, principalmente de dois anos pra cá. Muitas vezes o tempo livre que eu tinha para ler um livro ou idealizar o futuro foi reservado para o meu filho... é difícil entender isso, é difícil viver isso! Tenho mil planos para o futuro, assim como sonhos e desejos. As criticas precisam e devem ser feitas, mas muitas vezes é preciso medir as palavras. O exterior não reflete o que passa no interior de uma pessoa, as palavras podem ferir mais que ações.

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